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A PERSONALIDADE PSICOPÁTICA

Blackburn (1998) desenvolveu uma interessante tipologia para os subtipos de psicopatas, inclusive considerando o aspecto Anti-social como se tratasse de um dos sintomas possíveis de estar presente em certos casos. Inicialmente ele fez uma distinção entre dois tipos de psicopatas e ambos compartilhando um alto grau de impulsividade: um Tipo Primário, caracterizado por uma adequada socialização e uma total falta de perturbações emocionais, e um Tipo Secundário, caracterizado pelo isolamento social e traços neuróticos.

Apesar de todas variações tipológicas dos mais diversos autores, todos parecem estar de acordo nas características nucleares do conceito; impulsividade e falta de sentimentos de culpa ou arrependimento. Mais tarde os 2 subtipos de Blackburn (Primário e Secundário) foram aprimorados em 4 subtipos mas, para nosso trabalho, apenas esses dois tipos iniciais são relevantes :

1 - Os
Psicopatas Primários, caracterizados por traços impulsivos, agressivos, hostis, extrovertidos, confiantes em si mesmos e baixos teores de ansiedade. Neste grupo se encontram, predominantemente, as pessoas narcisistas, histriônicas, e anti-sociais. Sua figura pode muito bem se identificar com personalidades do mundo político.

2 - Os
Psicopatas Secundários, normalmente hostis, impulsivos, agressivos, socialmente ansiosos e isolados, mal-humorados e com baixa auto-estima. Aqui se encontram anti-sociais, evitativos, esquizóides, dependentes e paranóides. Podem ser identificados com líderes excêntricos de seitas, cultos e associações mais excêntricas ainda.

Entre esses 2 subtipos, as pessoas pertencentes ao grupo dos Psicopatas Secundários, seriam as mais desviadas socialmente, são também desviadas em outros aspectos. Nessas pessoas é onde mais se encontram as anormalidades no Eletroencefalograma, as quais têm sido descritas precocemente.

Os Psicopatas Primários, por sua vez, têm mais excitação cortical e autonômica, e maior tendência a buscar sensações. Entre esses grupos existem também diferenças quanto à agressividade e criminalidade.
Os Psicopatas Primários ainda teriam convicções mais firmes para efetuar crimes violentos, enquanto que os Psicopatas Secundários para os roubos. Psicopatas Primários e Psicopatas Secundários seriam mais dominantes, tanto em situações ameaçantes como aflitivas, mas os Psicopatas Secundários mostram mais fúria diante da ameaça, tanto física como verbal.
Os Psicopatas Primários e Psicopatas Secundários podem corresponder à brilhante classificação de Millon ao Psicopata Carente de Princípios (veja adiante). Esses dois subtipos compartilham alguns traços em comum, mas os Secundários têm muito mais ansiedade social e traços de personalidade esquizóides, evitativos e passivo-agressivos. É muito provável que a maioria ingresse no critério mais amplo de borderlines.



Psicopata Primário
Psicopata Secundário
Traços
Impulsivos, agressivos, hostis, extrovertidos, confiantes em si, baixa ansiedade. Hostis, impulsivos, agressivos, socialmente ansiosos, isolados, mal-humorados, auto-estima baixa.
Características de personalidade
Narcisistas, histriônicos, anti-sociais. Anti-sociais, evitativos, esquizóides, dependentes, paranóides.
Performance mental
Maior excitação cortical e autonômica, maior busca de sensações. Pouca habilidade e dificuldade no convívio social
Atitude Anti-Social
Inicia mais precocemente a carreira criminal, convicção forte para crimes violentos. Inicia precocemente a carreira criminal, convicção mais firme para roubo.

Outras características
Dominantes, tanto em situações ameaçantes como aflitivas. Dominantes, tanto em situações ameaçantes como aflitivas, mostram mais fúria diante da ameaça, tanto física como verbal.

 
Com relação ao potencial de conflitos interpessoais da personalidade do psicopata é interessante considerar dois modelos: o grau de poder ou controle exercido sobre as demais e o grau de afinidade. Sobre o poder está em apreço a dominância ou a submissão aos demais e, em relação à afinidade, entra em cena a hostilidade ou o cuidado.

A expressiva maioria dos psicopatas estabelece uma interação social do tipo hostilidade e dominância, ficando a submissão e cuidado por conta dos não psicopatas. Para o exercício da dominância e hostilidade, o psicopata costuma culpar a outros, mentir com freqüência, buscar continuadamente atenção e ameaçar a outros com violência. O contrário dessa postura seria a amabilidade social, representada pelas condutas coercitivas e dóceis.
Entretanto, para complicar ainda mais essa questão dos traços, devemos considerar o desempenho sócio-teatral dos psicopatas, através do qual manifestam atitudes que não fazem parte de suas características genuínas, mas, sobretudo, de suas simulações sociais.
É assim que a Psicopatia pode aparecer estreitamente vinculada com a amabilidade. Neste modelo o Psicopata Primário tende a ser coercitivo e, apesar disso, também dominante e sociável (gregário). Já os Psicopatas Secundários, além de poderem ser também coercitivos, costumam ser mais isolados e aparentemente submissos. Mas ambos tipos exibem estilos interpessoais que os coloca na possibilidade de ter conflitos com terceiros.

De qualquer forma, satisfazendo os critérios usados para definir os Transtornos de Personalidade, de modo geral, os psicopatas tendem a manifestar comportamentos rígidos e inflexíveis.
Millon (1998) desenvolveu também uma subtipologia dos psicopatas, por sinal, de interesse clínico maior que a subtipologia de Blackburm. A idéia de Millon foi dirimir as contradições entre numerosas visões que se têm sobre o psicopata. Mesmo considerando diversos subtipos de psicopatas, Millon deixa claro que existem elementos comuns a todos os grupos: um marcado egocentrismo e um profundo desprezo pelos sentimentos e necessidades alheias.
Com finalidade exclusivamente didática, modificamos, condensamos e sistematizamos a subtipologia de Millon da seguinte forma:

1 - O Psicopata Carente de Princípios: Este tipo de psicopata se apresenta freqüentemente associado às personalidades narcisistas e histéricas. Podem até conseguir manter-se com êxito nos limites do legal.
Estes psicopatas exibem com arrogância um forte sentimento de autovalorização, indiferença para com o bem estar dos outros e um estilo social continuamente fraudulento. Existe neles sempre a expectativa de explorar os demais (esse traço pode corresponder ao estilo dominante dos Psicopatas Primário e Secundário de Blackburn).
Há neles uma consciência social bastante deficiente e se faz notória uma grande inclinação para violação das regras, sem se importarem com os direitos alheios. A irresponsabilidade social se percebe através de fantasias expansivas e de grosseiras, contumazes e persistentes mentiras.

Falta, nesses Psicopatas Carentes de Princípios, o Superego. Essa falta é responsável pelos seus relacionamentos inescrupulosos, amorais, desleais e exploradores. Podem estar presentes entre sociedades de artistas e de charlatões, muitos dos quais são vingativos e desdenhosos com suas vítimas.
O psicopata sem princípios mostra sempre um desejo de correr riscos, sem experimentar temor de enfrentar ameaças ou ações punitivas. São buscadores de novas sensações. Suas tendências maliciosas resultam em freqüentes dificuldades pessoais e familiares, assim como complicações legais.

Estes psicopatas narcisistas funcionam como se não tivessem outro objetivo na vida, senão explorar os demais para obter benefícios pessoais. Eles são completamente carentes de sentimentos de culpa e de consciência social. Normalmente sua relação com os demais dura tempo suficiente em que acredita ter algo a ganhar.

Os Psicopatas Carentes de Princípios exibem uma total indiferença pela verdade, e se são descobertos ou desmascarados, podem continuar demonstrando total indiferença. Uma de suas maiores habilidades é a facilidade que têm em influenciar pessoas, ora adotando um ar de inocência, ora de vítima, de líder, enfim, assumindo um papel social mais indicado para a circunstância. Podem enganar a outros com encanto e eloqüência. Quando castigados por seus erros, ao invés de corrigirem-se, podem avaliar a situação e melhorar suas técnicas em continuar a conduta exploradora.
Carentes de qualquer sentimento de lealdade, juntamente com uma extrema competência em desempenhar papéis, os psicopatas normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência de amabilidade e cortesia.

2 - O Psicopata Malévolo: Juntamos aqui as características que Millon atribui aos subtipos: Malévolo, Tirânico e Maléfico, por razões didáticas e por considerar que todos três comumente se manifestam numa mesma pessoa.

Os Psicopatas Malévolos são particularmente vingativos e hostis. Seus impulsos são descarregados num desafio maligno e destrutivo da vida social convencional. Eles têm algo de paranóicos na medida em que desconfiam exageradamente dos outros e, antecipando traições e castigos, exercem uma crueldade fria e um intenso desejo de vingança.

Além de esses psicopatas repudiarem emoções ternas, há neles uma profunda suspeita de que os bons sentimentos dos demais são sempre destinados a enganá-los. Adotam uma atitude de ressentimento e de propensão a buscar revanche em tudo, tendendo dirigir a todos seus impulsos vingativos. Alguns traços desses psicopatas se parecem com os sádicos e/ou paranóides, com características beligerantes, mordazes, rancorosos, viciosos, malignos, frios, brutais, truculentos e vingativos, fazendo, dessa forma, com que muitos deles se revelem assassinos e assassinos seriais.

Quando os Psicopatas Malévolos enfrentam à lei e sofrem sanções judiciais, ao invés de se corrigirem, aumentam ainda mais seu desejo de vingança. Quando se situam em alguma posição de poder, eles atuam brutalmente para confirmar sua imagem de força.
Irritados pelo freqüente repúdio social que despertam, esses Psicopatas Malévolos estão continuamente experimentando uma necessidade de retribuição agressiva, a qual pode, eventualmente, expressar-se abertamente em atentados coletivos ou atitudes anti-sociais (a luta sociedade versus eu). De qualquer forma, nunca demonstram a o mínimo sentimento de culpa ou arrependimentos por seus atos violentos. Ao invés disso, mostram uma arrogante depreciação pelos direitos dos outros.
É curioso o fato desses psicopatas serem capazes de dar uma explicação racional aos conceitos éticos, capazes de conhecerem a diferença entre o que é certo e errado, mas, não obstante, são incapazes de experimentar tais sentimentos.
A noção ética faz com que o Psicopata Malévolo defina melhor o limite de seus próprios interesses e não perca o controle de suas ações. Esse tipo de psicopata se encontra entre os mais ameaçantes e cruéis. Ele é invariavelmente destrutivo, sem misericórdia e desumano.

A noção de certo-errado faz com que esses psicopatas sejam oportunistas e dissimulem suas atitudes ao sabor das circunstâncias, ou seja, diante da autoridade jamais atuam sociopaticamente. Portanto, eles são rígidos na eleição de suas vítimas, identificando sujeitos mais vulneráveis a sua sociopatia ou que mais provavelmente se submetam aos seus caprichos. Mais que qualquer outro bandido, este psicopata desfruta prazer em proporcionar sofrimento e ver seus efeitos danosos em suas vítimas.

3 - O Psicopata Dissimulado: seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor para com os membros de sua família e pessoas próximas.

Na realidade, didaticamente poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Isso significa que ele pleiteia um estilo de vida socialmente teatral, com persistente busca de atenção e excitação, permeada por um comportamento muito sedutor.
Por essas características Millon já considerava o Psicopata Dissimulado como uma variante da Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em sí mesmo sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros.

Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua buscas de sensações. Seguindo as características básicas e comuns à todos os psicopatas, o dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas e a culpa é sempre projetada sobre terceiros.

A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que querem dos outros. Por outro lado, em diferentemente do Psicopata Carente de Princípios ou do Psicopata Malévolo, parece desfrutar prazerosamente do jogo da sedução, obtendo excitação nas conquistas.
Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga manipular a todos. 
Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas atitudes são, no mínimo, bem intencionadas. Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou confrontadas, sentem-se muito encabulados e suas reações oscilam entre a explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e explodirem em cólera.

4 - O Psicopata Ambicioso: perseguem avidamente seus engrandecimentos. Os Psicopatas Ambiciosos sentem que a vida não lhes tem dado tudo o que merecem, que têm sido privados de seus direitos ao amor, ao apoio, ou às gratificações materiais. Normalmente acham que os outros têm recebido mais que eles, e que nunca tiveram oportunidades de uma vida boa.
Portanto, estão motivados por um desejo de retribuição, de compensar-se pelo que tem sido despojado pelo destino. Através de atos de roubo ou destruição, se compensam a si mesmos pelo vazio de suas vidas, sem importar-lhes as violações que cometam à ordem social. Seus atos são racionalizados através da idéia de que nada fazem senão restaurar um equilíbrio alterado.

Para os Psicopatas Ambiciosos que estão somente ressentidos, mas que ainda têm controle minimamente crítico de seus atos, pequenas transgressões e algumas aquisições são suficientes para aplacar essas motivações. Mas para aqueles que têm estas características psicopáticas mais desenvolvidas, somente a usurpação de bens e coisas alheias podem satisfazê-los.

O prazer psicopático nos ambiciosos está baseado mais em tomar do que em ter. Como a fome que os animais experimentam em relação à presa, os Psicopatas Ambiciosos têm um enorme impulso para a rapinagem, e tratam os demais como se fossem peões num tabuleiro de xadrez de poder.

Além de terem pouca consideração pelos efeitos de sua conduta, sentindo pouca ou nenhuma culpa pelos efeitos de suas ações, como os demais psicopatas, os ambiciosos nunca chegam a sentir que tem adquirido o bastante para compensar suas privações. Independentemente de suas conquistas, permanecem sempre ciumentos e invejosos, agressivos e ambiciosos, exibindo todas vezes que podem, posses e consumo ostentoso.
A maioria deles é totalmente centrada em si mesmos, contribuindo isso para sua comum atitude libertina e em busca de sensações. 
Esses psicopatas nunca experimentam um estado de completa satisfação, sentindo-se não realizados, vazios, desolados, independentemente do êxito que possam ter obtido. Insaciáveis, estão sempre convencidos de que serão sempre despojados de seus direitos e desejos.

Ainda que o subtipo ambicioso seja parecido, em alguns aspectos, ao Psicopata Carente de Princípios, ele exerce uma exploração mais ativa e sua motivação central é manifestada através da inveja e apropriação indevida das posses alheias. O Psicopata Ambicioso experimenta não só um sentimento profundo de vazio, senão também uma avidez poderosa de amor e reconhecimento que, segundo ele, não lhe ofereceram na infância.

5 - O Psicopata Explosivo: diferencia-se das outras variantes pela emergência súbita e imprevista de hostilidade.
Estes psicopatas são caracterizados por fúria incontrolável e ataque a outros, furor este freqüentemente descarregado sobre membros da própria família. A explosão agressiva se precipita abruptamente, sem dar tempo de prevenir ou conter. Sentindo-se frustrados e ameaçados, estes Psicopatas Explosivos respondem de uma maneira volátil, daninha e mórbida, fascinando aos demais pela brusca forma com que os surpreende.

Desgostosos e frustrados na vida, estas pessoas perdem o controle e buscam vingança pelos alegados maus tratos a que foram precocemente submetidos. Em contraste com outros psicopatas, esses não se movem de maneira sutil e afável. Pelo contrário, seus ataques explodem incontrolavelmente, quase sempre, sem nenhuma provocação aparente. Esta qualidade de beligerância súbita, tanto quanto sua fúria desenfreada, distingue estes psicopatas dos outros subtipos. Muitos são hipersensíveis aos sentimentos de traição, a ponto de fantasiarem deslealdades o tempo todo.

Fonte: Ballone GJ, Ortolani IV - PERSONALIDADE PSICOPÁTICA: Características e Traços.



“Fantasias abandonadas pela razão... produzem monstros impossíveis.” Francisco Goya

TESE PARA A INVESTIGAÇÃO DE UM CRIME

Um ambiente em que ocorreu um crime é tridimensional: chão, paredes e teto. Ignorar um simples detalhe é tão grave quanto o próprio crime. Sir Arthur Conan Doyle nos revela em sua fabulosa literatura, através do seu mais famoso personagem, Sherlock Holmes, que: “uma corrente não é mais forte que seu elo mais frágil”.

Apesar dos bons resultados da “policia-nossa-de-cada-dia”, podemos dizimá-los no que diz respeito a crimes de verdade. Ou seja: aqueles que não deixam suspeitos. Solucionar casos em que o autor e o causador já são sugeridos pelo próprio fato não revela grande feito.

Os casos mais comuns hoje em dia na nossa sociedade, (após os solucionados pela policia), são os de desaparecimentos de pessoas comuns; ou seja: pessoa física. Sendo que mulheres e crianças são os alvos mais cobiçados por esses criminosos “físico-abstratos” que passam despercebidos, embora deixem um rastro de crueldade em seus feitos macabramente perfeitos aos olhos dos cidadãos que não vêm à solução e logo se esquecem dos nomes, das noticias dos tele-jornais, e os pedidos de socorro em cartazes já ignorados por causa da aurora carnavalesca. Assim, como um pênalti mal cobrado que dá fama ao goleiro que o defende, o crime passa a ser chamado de perfeito, por causa da displicência dos “habilitados” a resolvê-los. (“Não existimos para suprir a deficiência da policia, mas pela existência do crime”).


De onde surgiram esses criminosos?

Aqueles a quem admirávamos sua moralidade nos levou a decadência moral. Sua arte nos incitou ao prazer que eles condenavam, mas mesmo assim exportaram em grande quantidade para o mundo civilizado.
Hoje estamos indo de encontro ao mesmo monstro que eles já encontraram. Nossos problemas com os crimes têm a cada dia mais se parecido com os que eles fabricaram por sua vaidade. Sendo assim, qualquer um na rua pode ser um desses astutos criminosos, que causam o arquivamento de centenas de casos todos os anos em nosso país, pois tiveram o modelo perfeito e como eles se aperfeiçoaram.”Não quero negar com isso, a existência de problemas mentais e espirituais; pois, de onde surgiram os primeiros criminosos nesse gênero? Os psicopatas pedófilos e sadistas? Quanto a esta informação procure por Ilana Casoy www.serialkiller.com.br, ela é especialista nessa área”.


Como profissional a dez anos tenho me dedicado à observância dos vai-e-vem das coisas. Há quase três mil anos o Rei Salomão escreveu em um de seus fabulosos escritos, Eclesiastes, que debaixo do céu não há nada de novo. Tudo se repete. Com o crime não poderia ser diferente. Exemplo disto em nossos dias foi o assalto ao Banco Central de Fortaleza no Ceara. O maior assalto da historia e o mais audacioso. Onde ele aconteceu anteriormente? Na literatura de Conan Doyle, “Liga dos Cabeças Vermelhas” Leia. Não importa se verdadeira ou ficticiamente, saiba apenas que já aconteceu antes, ainda que na mente fabulosa de alguém que resolveu passar para o papel, e um dos seus leitores resolveu trazer para a realidade.

Não muito obstante a isso tudo está eu, como cidadão e investigador, sentindo-me no dever de intervir em certas situações que nos rodeiam como insetos em volta da lâmpada acesa. Você, Detetive, tem que ser uma lâmpada acesa, e os insetos as possibilidades que ninguém mais tem em mente a não ser você. “Elimine o impossível, e o que restar, por mais improvável que pareça, deve ser verdade”. (Sherlock Holmes em o Signo dos quatro - Conan Doyle). Mas Lembre-se de que não podemos nos prender a apenas a uma possibilidade ou a uma técnica sugestiva, pois o mesmo Conan Doyle diz: “que no improvável que existem as respostas”.



Um Detetive Particular não deve ignorar nunca esses fatos criminais e sociais. Visto que um Detetive Particular bem informado e com visão critica das coisas vale por um exercito treinado por anos. É o conhecimento geral e a visão ampla das coisas que leva o detetive a ser bem sucedido na maioria dos casos. Sutileza, coragem e prazer no que faz são os seus auxiliadores diários. Conhecer a essência de um crime, seja ele qual for, facilitará com certeza na revelação de outros casos no futuro. Leia, leia muito e tire suas conclusões com base no que leu, viu e aprendeu. Converse com pessoas de vários focos sociais, dos mais simples ao mais almejado. Do mais culto ao mais ignorante dos seres em nosso meio. Admire mais aquilo que não consegue entender e faça dessa matéria o seu caso principal (Não há nada mais estimulante que um caso aonde tudo vai contra você. - Sherlock Holmes”) Defina-se sempre de forma humilde e seja paciente ante as dificuldades.


Autor: Detetive Ubiratã Pinto


"A força da determinação... detém o poder misterioso da invencibilidade." Juahrez Alves

TEORIA DO CRIME




"Nossa geração se lamentará tanto dos crimes dos perversos, como do estremecedor silêncio dos bondosos." Martín Luther King

PSICOFISIOGNOMIA

A psicofiognomia é uma ciência utilizada pelos antigos egípcios para escolher seus imperadores a partir do seu perfil. Essa analisa o formato do rosto, o comprimento do nariz, o tamanho dos lábios, das orelhas, e por meio desta análise aponta as características, o psicológico, a personalidade e outros fatores que permite uma pessoa se auto-conhecer. 

Para a análise ser mais eficiente, prática e lógica, o rosto foi dividido a partir de pontos que mostram características específicas. A parte que vai do couro cabeludo até as sobrancelhas representa o pensamento lógico, o intelecto; a parte que vai da sobrancelha ao nariz representa o lado emocional da pessoa e a parte que vai do nariz ao queixo representa o instinto e as suas necessidades. O lado esquerdo da face caracteriza o lado íntimo da pessoa enquanto o lado direito caracteriza o social. 


A testa apresenta características que principalmente para as mulheres são marcas de expressão, mas estas revelam coisas interessantes: 

Testa muito lisa: Significa que a pessoa não usa a sua capacidade intelectual;

Testa larga e ampla: Significa inteligência e perspicácia;

Testa com uma ruga horizontal no meio: Significa uma pessoa idealista e sonhadora;

Testa com uma ruga sobre a sobrancelha: Significa uma pessoa extremamente materialista;

Testa com uma ruga vertical no meio: Significa pessoas explosivas, de “pavio curto”;

Testas com muitas rugas horizontais e verticais: Significa pessoas tensas e com facilidade ao desequilíbrio emocional. 


O nariz normalmente não agrada muito, mas também apresenta fortes características, a saber: 

Afilado: Nariz de ponta muito fina revela temperamento curioso e penetrante. Se todo o nariz for fino, a pessoa tende a ser negativa e irônica. Quando o nariz é largo com a ponta fina caracteriza pessoas sagazes e ambiciosas.

De "batatinha”: Caracteriza pessoas simples, maleáveis que se contentam com pouco.

Reto (de perfil): Caracteriza pessoas de caráter e sensatas que abrem mão de suas vontades para beneficiar terceiros. São carentes ao extremo e vivem à procura do amor platônico.

Arrebitado: Caracteriza pessoas alegres, otimistas e de temperamento forte que vivem intensamente. Entrega-se intensamente ao amor e exige o mesmo em troca. 

Assimétrico: Caracteriza pessoas de conflitos emocionais, complexos, sensibilidade, inconformismo e que são anti-sociais.

Aquilino: Caracteriza pessoas com poder de liderança facilitada.

Largo: Caracteriza pessoas alegres e violentas. 


Os lábios também demonstram algumas características curiosas: 

Grossos: Caracteriza pessoas que intensamente necessitam de prazeres sexuais

Finos: Caracteriza pessoas insensíveis.

Lábio inferior para frente: Caracteriza pessoas que possuem a arte de falar muito.

Lábio superior para frente: Pessoa preservada.

 

A cor dos olhos revela sentimentos existentes: 

Negros: Caracteriza pessoas de seriedade harmoniosa que amam a vida. Possui caráter forte e dominador.

Azuis: Caracteriza pessoas delicadas, sensuais, intuitivas e dinâmicas.

Verdes: Caracteriza pessoas amorosas, possessivas, ciumentas e persistentes.

Cinzentos: Caracteriza pessoas inteligentes, raciocínio destacado e grandes conhecimentos.

Castanhos: Caracteriza pessoas racionais, sensíveis, sérias e justas.

Avelã: Caracteriza pessoas de temperamento equilibrado, organizadas, seguras e racionais. 


As características do queixo revelam um pouco sobre a personalidade: 
 
Largo: Pessoas ambiciosas e voluntárias.

Estreito: Pessoas delicadas, sensíveis com talentos artísticos.

Redondo: Pessoas de iniciativa, generosidade, insatisfações ocultas e desejos de prazeres materiais.

Longo e pontudo: Pessoas com espírito de liderança, autoritárias e ambiciosas.

Pontudo mas não pronunciado: Pessoas ambiciosas, mas pessimistas.

Pequeno e bem-feito: Pessoas harmoniosas, de bom senso que se adapta facilmente a modificações.

Para dentro: Pessoas indecisas, volúveis, mas simpáticas.

Com furinho: Pessoas com força de vontade, porém inseguras.

Muito pequeno: Pessoas sonhadoras, com grande imaginação.


Duplo: Pessoas com problemas de saúde, preguiçosa, apática que renuncia suas responsabilidades. 


Fonte: BrasilEscola.com


"A opinião pública é uma tirana débil, se comparada à opinião que temos de nós mesmos." Thoreau