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PAPILOSCOPIA

Você sabe o que faz um Perito Papiloscopista?




No começo do século XX, Alphonse Bertillon (pai da ciência forense) afirmou e demonstrou que não só as impressões digitais, mas também as impressões palmares (palma da mão) e plantares (sola do pé), são elementos de identificação incontestáveis e que mesmo uma pequena parte destas impressões é suficiente para determinar a identidade do indivíduo, basta que ela apresente certo número de particularidades coincidentes.

O estudo dos poros Em 1912, Edmond Locard observou que da mesma forma que os detalhes de Galton, os poros são permanentes, imutáveis e individuais, podendo estabelecer a identidade do indivíduo quando a impressão papilar não fornecer características suficientes para a identificação.
Ao estudo das papilas dérmicas é dado o nome de Papiloscopia (Papilas + Skopën = examinar ): ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas.

Ramos da papiloscopia A Papiloscopia é dividida em quatro partes:
Quiroscopia: processo de identificação por meio das impressões palmares;
Podoscopia: processo de identificação por meio das impressões plantares;
Poroscopia: processo de identificação por meio dos poros das papilas dérmicas; e
Datiloscopia: processo de identificação humana por meio das impressões digitais.

Requisitos exigidos para uma ferramenta de identificação Toda ferramenta de identificação possui alguns requisitos fundamentais, qual sejam:
Unicidade: todos os indivíduos de todas as raças possuem impressões papilares;
Perenidade: surgem no 6º mês de vida fetal e só desaparecerem com a putrefação da pele;
Imutabilidade: o desenho não se altera durante a existência do indivíduo;
Variabilidade: o desenho papilar varia de pessoa para pessoa.

Quiroscopia Quiroscopia (quiros =mão + Skopën =examinar): ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas palmares (impressões palmares).
O desenho quiroscópico é formado por cristas papilares e sulcos interpapilares, apresentando deltas, pontos característicos e poros, possuindo os requisitos unicidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade.

Figura: Mão humana e suas regiões. Fonte: (DelPol).

Podemos classificar a palma da mão em três regiões (fig. 16):
Tenar : É a região situada na base do dedo polegar.
Hipotenar: É a região que se encontra do lado externo da palma da mão, ou seja, do prolongamento do dedo mínimo, ocupando uma posição oposta à região tenar.
Superior ou Infra-Digital : É a região situada imediatamente abaixo dos dedos indicadores, médio, anular e mínimo.

Podoscopia Podoscopia (podo =pé + Skopën =examinar): ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas plantares (impressões plantares).
O desenho podoscópico é formado por cristas e sulcos interpapilares, apresentando deltas, pontos característicos e poros, possuindo os requisitos unicidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade.
A podoscopia é utilizada com maior freqüência pelas maternidades, na identificação dos recém-nascidos, e ainda no confronto de impressões podoscópicas encontradas em locais de crime.

Figura: Pé humano e suas regiões. Fonte: (DelPol).

Com a finalidade de identificação a coleta de impressões plantares, podemos dividir a planta dos pés em cinco regiões, a saber (fig. 17):
1- região do grande artelho (dedão);
2- região do segundo ao quinto artelho;
3- região fibular (fíbula), lado externo do pé;
4- região tibial, lado interno (arco do pé);
5- região do calcanhar.

Poroscopia
Poroscopia (poro + Skopën =examinar): ciência que trata da identificação humana através dos poros encontrados nas cristas papilares.
Em papiloscopia, os desenhos formados pelos poros nos papilogramas (fig.18), servem como meio complementar e seguro para estabelecer a identidade, quando o número de pontos característicos encontrados em uma impressão ou fragmento de impressão papilar for insuficiente, pois também possuem as mesmas propriedades que as papilas dérmicas – perenidade, imutabilidade e variabilidade.
Na poroscopia, estuda-se:
O número – varia segundo a distância de um para outro orifício (poro), de 9 a 18 por mm2.
Posição – localiza-se na parte central e periférica das cristas papilares.
Dimensões – variam em regra de 80 a 250 micromilímetros.

Figura: Foto de impressões ampliada, permitindo observar os desenhos dos poros. Fonte:<http://orbita.starmedia.com/~vitiello1/pele.htmlwww.scafo.org >, 2001.

Forma – os poros apresentam as seguintes configurações: circular, oval, estrelário e triangular.
O exame de confronto consiste na tomada das mensurações com a ajuda de um compasso, a fim de obter-se todas as medidas necessárias além do levantamento da forma e localização do poro nas peças negativas das fotografias ampliadas 45 vezes. As cristas aumentam 10 a 15 mm de largura e os orifícios sudoríparos surgem nítidos, discerníveis nas suas minudências, no diâmetro de seis a oito milímetros.

Dactiloscopia Dactiloscopia : ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas digitais (impressões digitais).
Um ser humano normal possui cinco dedos em cada mão, dispostos em fileira, na ordem convencional de polegar, indicador, médio, anular e mínimo, formados pelos ossos da falange, falanginha, falangeta,(fig. 19) a contar da base onde se articulam com os ossos metacarpianos correspondentes, que os sustentam e dão articulação. O polegar possui apenas falange e falangeta e se destaca dos demais por ser o mais grosso e curto da mão.

Figura: Impressão de um dedo indicador apresentando sua divisões. Fonte: (DelPol).

Os dedos apresentam duas faces; palmar e dorsal além dos bordos externo, interno e distal.
A dactiloscopia estuda as papilas localizadas na falangeta ou falange distal, as quais formam desenhos distintos que permite sua classificação e arquivamento.

Vantagens da dactiloscopia sobre os demais ramos da papiloscopia A dactiloscopia, além dos requisitos fundamentais da identificação humana - perenidade, imutabilidade e variabilidade - possui também:
Classificabilidade: permite que os desenhos digitais sejam facilmente classificados para o arquivamento.
Praticidade: a obtenção das impressões digitais é simples, rápida e de baixo custo.

Elementos da impressão digital
Figura: Desenhos de uma mesma impressão e seus elementos principais. Fonte: (DelPol).

A impressão digital é dividida em três regiões ou grupos de linhas (fig. 20):
Região basal ou linhas basilares: Localiza-se entre a prega interfalangeana e o ramo inferior das linhas diretrizes, e suas linhas seguem de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelas.

Região do núcleo ou linhas nucleares: localiza-se entre os ramos inferior e superior das linhas diretrizes e a performance de suas linhas, juntamente com a posição em que se encontra o delta, determina o tipo e o sub-tipo da impressão digital.

Região marginal ou linhas marginais: localiza-se acima do ramo superior das linhas diretrizes até a base da unha e suas linhas segue de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelas tomando uma forma abalada.
Delta é a figura em forma de triângulo ou trirrádio (fig. 21), formada no encontro das três regiões, marginal, nuclear e basal, e o prolongamento imaginário de seus "braços" forma as linhas diretrizes que define a divisão de cada uma das regiões ou grupo de linhas. Ele localiza-se no quadrante inferior da impressão digital e pode aparecer de várias formas diferentes. Sua principal função no sistema de Vucetich é definir o tipo fundamental da impressão digital dando também referência para contagem das linhas, onde uma linha imaginária (linha de Galton) é apoiada no primeiro ponto característico logo a frente do delta, caso não o tenha será apoiada no próprio delta e estendida até o ápice da laçada mais central no núcleo, contando-se as linhas por ela cortada.

Figura: Desenho que mostra algumas formas de Delta ou Trirrádios.




Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/


"Os estudos aperfeiçoam a natureza... e são aperfeiçoados pela experiência." Francis Bacon

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