Crianças Psicopatas! Sim, Elas Existem!
“Não
é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe … essas
crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os
sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que
fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa.”
A fala acima, do psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa no Rio de Janeiro, pode parecer assustadora, e realmente é. Ela toca em um assunto delicadíssimo: A psicopatia infantil. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais, e até, MATAM!
Uma reportagem da Revista Época, de maio de 2010, diz que um dos obstáculos para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes, uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII, as crianças eram consideradas pequenos adultos, e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século XVIII, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário, e a criança, o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento de um sentimento de infância dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.
A fala acima, do psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa no Rio de Janeiro, pode parecer assustadora, e realmente é. Ela toca em um assunto delicadíssimo: A psicopatia infantil. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais, e até, MATAM!
Uma reportagem da Revista Época, de maio de 2010, diz que um dos obstáculos para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes, uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII, as crianças eram consideradas pequenos adultos, e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século XVIII, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário, e a criança, o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento de um sentimento de infância dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.
Um exemplo citado na revista mostra o quanto é difícil para os pais assumirem a necessidade de tratamento dos filhos. “R.”,
uma gauchinha de 11 anos colocou fogo na mochila de uma colega de
turma. Repreendida por professores e pais, teve como reação apenas rir.
No ano anterior, fizera o mesmo com o rabo do cachorro de uma prima.
Questionada, disse apenas que a prima não merecia ter um cachorro.
Durante o tratamento, R. afirmou ao psiquiatra que não nutria nenhum
sentimento especial em relação aos pais.
“Ela tinha um olhar frio e uma ironia extremamente precoce para sua idade. Não sentia culpa. R. me tratava como um empregado”, diz o psiquiatra sob anonimato.
Depois de um ano de tratamento, os pais acharam que ela estava melhor e que poderiam interromper as sessões.
“Ela
os manipulou, e disse a mim, explicitamente, que fingiria estar melhor e
conteria seus atos. Contei a eles, mas não acreditaram em mim”, afirma. “R.” jamais voltou ao consultório.
Uma coisa é
certa, não estamos mais no século 18, 19 ou 20. Estamos no século 21, e
já passou da hora de os pais ficarem atentos aos seus filhos. Uma
criança que nasce psicopata não tem culpa de nascer psicopata, aliás,
ela não tem culpa de nada. Nesse caso, se quando adulta ela se tornar
uma pessoa insensível, manipuladora, ou pior, uma assassina, podemos
dizer que a culpa é dos pais? Alguns respondem que SIM, e defendem
dizendo que eles foram negligentes o suficiente durante toda a infância
do filho ao não interpretar comportamento e ações, e não pode haver
desculpas do tipo: “Eu nunca suspeitei… eu não sabia…”. Acreditem, os
sinais que um pequeno psicopata apresenta são muito, mas muito visíveis.
Sintomas
A
psicopatia pode começar a ser vista em uma criança quando ela possui uma
persistente incapacidade de sentir empatia pelos outros, principalmente
quando os outros estão feridos ou sentem dores. Isso pode ser o
resultado de uma completa falta de sensibilidade. O mau comportamento
aliado à crueldade praticada contra animais e outras crianças também são
indícios fortes de que a criança pode sofrer de psicopatia.
Segundo
alguns especialistas, é possível identificar traços psicopáticos em
crianças a partir dos 3 anos de idade. Outros especialistas, porém,
dizem que, por não ter uma personalidade ainda formada, nenhuma criança
pode ser chamada de psicopata. Para os que afirmam que a psicopatia pode
sim ser diagnosticada ainda na infância, o diagnóstico de psicopatia em
crianças é bastante complexo, principalmente quando ela vive em um
ambiente familiar complicado e violento.
Para
Stephen Scott, professor do Instituto de Psiquiatria em Londres e
especialista em saúde e comportamento infantil, o diagnóstico de
psicopatia pode sim ser feito em crianças, e já a partir dos 3 anos de
idade. Para o professor, crianças psicopatas compartilham dos mesmos
comportamentos de adultos psicopatas, como a combinação de
comportamentos antissociais com insensibilidade e falta de empatia. No
Reino Unido, todo ano cerca de 100 crianças são assistidas no Instituto
de Psiquiatria de Londres.
“Pessoas
normais entendem os sentimentos de outras pessoas e também se preocupam
com elas. Se você pergunta a uma criança o que aconteceu com o pequeno
Johnny, que caiu, cortou o seu joelho e gritou, tipicamente, crianças
com desenvolvimento mental normal irão entender o que aconteceu e ter
empatia. Crianças com transtorno de comportamento antissocial não
conseguem entender ou estar na pele de outra pessoa, são insensíveis e
simplesmente não se importam. Mas há uma distinção importante a se
fazer: Será que a criança simplesmente não se importa ou será que ela
apenas não entende? É uma distinção importante a se fazer”, diz o professor.
“Eu
tenho crianças na minha clínica que não têm remorso, roubam seus pais e
sentem prazer em enganá-los. Esse comportamento, se sustentando e
generalizado, não nos dá alternativa se não um diagnóstico de
psicopatia.
Tive
um caso de uma menina de 5 anos de idade que pegou seu gatinho de
estimação e jogou-o de cabeça pra baixo do segundo andar de sua casa.
Ela simplesmente teve prazer em ver o animal caindo no concreto.
Crueldade com animais é um mau sinal. Isso é mais característico em
crianças insensíveis e que não possuem empatia.” Diz o professor.
É
importante não rotular. Crianças psicopatas mostram uma profunda e
extrema raiva pelos outros. Mas essa raiva, por exemplo, é diferente de
um comportamento explosivo isolado.
“Não
gostamos de rotular crianças como psicopatas. Apenas se o comportamento
errante persistir será possível dizer se a criança tem tendências
psicopatas”, diz Scott.
Realmente é importante separar o joio do trigo, veja por exemplo o caso do inglesinho Daniel Blair.
Fonte: Blog O Aprendiz Verde
Matéria completa: http://oaprendizverde.com.br/2012/10/11/pra-saber-mais-criancas-psicopatas/
"Todas as coisas verdadeiramente ruins, nascem a partir da inocência." Ernest Hemingway
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